quinta-feira, 29 de abril de 2010

Quarta-feira, 28abril2010

A repercussão da minha resposta (ver penúltima postagem) direcionada ao e-mail que recebi da pessoa do Gustavo Pinheiro, na qual comentei sobre a realidade nem tanto romântica de pedalar em Fortaleza, foi muito boa, trazendo elogios da parte do Professor Antonio Paulo do Departamento de Engenharia de Trânsito, assim como de um colega de curso e do próprio Gustavo, que faz parte do grupo Ciclistas Fortaleza.


É interessante estabelecer contato com o grupo deles, ao qual já me filiei. Vejamos os frutos dessa adesão...


Ontem, quarta-feira, que amanheceu nublada mas não molhada, apresentou ótimas condições para pedalar devido à ausência do sol, o que foi bom para aliviar o cansaço de ter dormido apenas algumas horas, pois tive que levantar às 4h30 para finalizar um relatório sobre Metodologia de Diagnóstico, uma das etapas do processo de Identificação da Problemática, algo que ando estudando na disciplina de Análise de Sistemas de Transportes.


Correria para dar tempo sair de casa entre 6h30 e 7h!


Saí decidido a quebrar meu recorde: baixar o tempo, utilizando para isso o percurso que experimentei ontem em que corto algumas "barrigas" na poligonal do trajeto, mesmo que para isso tenha que percorrer dois quarteirões na contra-mão, com todo o cuidado, luz piscando e no lado direito da via, atento!


Pois não foi tal a surpresa que me deparei com uma diminuição de mais de 1km, totalizando 14km em 38 minutos!


Na imagem abaixo, estão estampadas minhas duas rotas de hoje, sendo a azul a de ida e a vermelha a de volta.



Interessante salientar que a visualização do circuito fica melhor esclarecida assim, com os dois trechos - ida pela manhã em azul e volta à tardinha em vermelho - sobre a mesma foto aérea.

A ida foi assim: peguei a rua aqui de casa, a Pascoal de castro Alves, que até semana passada pensava estar no Papicu, e não no Vicente Pinzon e segui até a continuação da Av. Jangadeiro para pegar a paralela e continuar até a favela do trilho, onde sigo para a Alberto Sá, atravesso o sinal e em vez de seguir o rumo legal, entro na contra-mão para acessar mais rapidamente a Rua Ana Bilhar, evitando ir por baixo pela Antonio Justa, a qual me força a encarar uma subida para pegar a Ana Bilhar quase na Av. Desembargador Moreira; segui até a Av. Dom Manoel, onde rumei para a Av. Domingos Olímpio, fui até seu final, peguei à direita, passei pela praça e passei pelo trilho na calçada da Av. Bezerra de Menezes e dobrando ali à esquerda para pegar a Rua Gustavo Sampaio, que logo abandonei para pegar uma paralela sua e chegar ao Campus do Pici.

Já a volta, depois de algumas horas pegando coordenadas com o GPS da disciplina de Tópicos Especiais de Engenharia de Trânsito, foi iniciada já eram mais de 17h30. Peguei a pequena trilha no campus, e dali saí pelo portão que dá para a Av. Mister Hull através de uma escadaria cruel para quem tem rodas acompanhando seus deslocamentos.

Resolvi percorrer uma ciclo-rota ainda não experimentada por mim: a que tem a Av. Sargento Hermínio como ligação entre a área oeste da cidade e o Centro.

É um trecho complicado por apresentar obras em alguns pontos, com muitos carros, mas que param por vezes graças aos sinais. 

Cheguei ao final dela, passei pelos bombeiros e peguei a Rua São Paulo, onde encontrei muito mais trânsito, que me fez subir a calçada para não ficar espremido entre tantos ônibus e carros, e logo passei pela Praça dos Leões, rapidamente entrei e saí da Av. Santos Dumont e continuei pela Rua Pereira Filgueiras, de onde só saí no Campo do América, onde dobrei à esquerda, descendo para virar à direita na Rua Canuto de Aguiar e dali seguir até em casa.

O gráfico de desnível da do trecho Pici-Casa é mostrado abaixo:






terça-feira, 27 de abril de 2010

Recebi um email hoje no qual estava escrito:


"gente, não sei se todo mundo acompanha as coisas assim, mas ...
além deste grupo de e-mails, a bicicletada, as reuniões sobre mobilidade humana, as pessoas q vem se agregando afins destes temas e q vem virando um organismo desde novembro, a partir da ocasião da audiencia pública sobre o sistema cicloviário, agora tb estão trocando altas coisas bacanas com muito mais gente ainda no NING MOBILIDADE HUMANA. pra quem não sabe o q é NING, é uma rede social com um fim específico e comum das pessoas q se tornam membros. e neste caso do Mobilidade Humana, ...Uma rede pensada para entrelaçar as relações que mantemos com os lugares, com as pessoas, com os espaços, com os significados individuais, sociais e coletivos que atribuímos às cidades e aos movimentos que fazemos para nela existir. O movimento é a costura e o tecido, o amálgama e a imagem, o lugar de existir e de ser evasão na indissociável relação entre sujeitos, subjetividades e espaço. Aqui, desejamos constituir novas ações, pensamentos e idéias que reposicionem não só as formas como nos deslocamos, mas sobretudo, quem somos quando nos deslocamos."

naturalmente q vcs estão convidados a se tornarem membros!
aqui o link: 
http://mobilidadehu mana.ning. com/?xgi= 11pkiuIUYs9PAk&xg_source=msg_ invite_net
parece q o convite parece não chegou aqui no grupo pq o e-mail do sistema do ning não é cadastrado no grupo, né?
então, pronto!
abraço à todos!

Thaís Monteiro"

E como resposta, enviei:

"Eu gosto do ar romântico do texto, mas, infelizmente, nessa empreitada diária em que me encontro, na qual atravesso a cidade todo dia entre o Vicente Pizon e o Pici, sobre minha bicicleta, não encontro muito desse romance nas ruas. 

É raro, mas às vezes ele surge numa ruela mais calma, sem carro, em que as pessoas estão livres dos carros, ou quando saio de casa ainda muito cedo e a sensação de pedalar num feriado ou num domingo à tarde traz essa coisa bonita intrínseca da mobilidade a tração humana. 

Porém, ah porém, o que vejo todo dia é uma quantidade constante - não diria que aumenta ou diminua - de gente mal educada em que insiste em ver de maneira preconceituosa e medrosa uma bicicleta defronte de seus carros - aquelas máquinas que seus donos têm a ilusão que só foi feita para acelerar -, sim, porque com a média de velocidade do trânsito na "capital interiorana" do Ceará, consigo, na maioria dos trechos dos trajetos que escolho, desenvolver velocidades maiores que as dos carros. 

Em contrapartida, os riscos são grandes e sempre me deparo com alguma situação em que tenho que me pronunciar perante aquele indivíduo por detrás de um vidro fumê nojento, que detona com seu palavreado contra minha pessoa graças a não conseguir me ultrapassar ou, se consegue ultrapassar, tirando uma fina de mim - coisa de 10-15cm em vez de 1,5m - recebe uma advertência minha que questiona se ele quer assassinar alguém, no caso eu! 

"Vivemos no país errado", acabei de escutar um amigo ciclista de trilha - na cidade ele tem medo e não pedala no asfalto - falar sobre sua vontade de viver num local em que haja respeito para com o outro. 

Essa utopia de entrelaçar relações pode até vir a acontecer entre ciclistas e aficcionados, simpatizantes e empolgados, mas com a população em geral desta cidade acho muito difícil, mesmo com alguns sinais de melhoras oriundos dos passeios que se espalham pela cidade, mas que mesmo assim ainda podemos identificar algumas mazelas: alguns motoristas são pacientes com ciclistas porque têm amigos que pedalam ou porque vêem no capacete ou nas luzes um ciclista com maior poder aquisitivo, mas se encontram um "qualquer", colocam por cima mesmo!

Essa semana um colega foi atropelado por um carro que ultrapassou sinal vermelho, indo todo quebrado para o hospital, de onde só saiu par ao cemitério, e ele estava paramentado!
 
É cruel pedalar em Fortaleza, mas não desisto, e admiro quaisquer tentativas de mobilização e sensibilização.

Só não tenho muita paciência para essa visão romântica da coisa por causa da difícil realidade, contudo, no que concerne ações de planejamento e mudanças efetivas da prática, podem contar comigo.

E todo esse desabafo se dá devido à necessidade de vencer os 15-16km entre onde moro e onde tenho aulas em 39-40 minutos, não fosse isso, duraria mais de uma hora na pedalada, passando por ruas as mais tranqüilas e lentas possíveis, apreciando as raras boas arquiteturas ou as moças de fino trato nas calçadas, e assim me depararia com muito menos riscos.

Pedalar é muito prazeroso, traz vigor, alegria e economia.

Se o ambiente urbano fosse propício, então seria a glória!"


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ciclovias que acompanham rodovias

Infraestruturas mínimas para a confecção de ciclovias isto já temos, afinal dali fica mais fácil desviar algumas verbas e, por exemplo, eliminar a opção de uma pavimentação adequada e bem sinalizada a fim de oferecer o estritamente necessário a uma população desinformada, que acha, percebe, se indigna, mas nada faz, além de reclamar.


Também, não é para mais: esperar que haja protestos vigorosos e quebra-quebras para a obtenção de infraestrutura não vai muito de acordo com a filosofia de quem opta por um meio de locomoção como a bicicleta.


A suavidade que se pode obter ao se deslocar sobre uma bicicleta, mesmo se configurando como uma atividade física, pode ser vista no video:


http://www.youtube.com/watch?v=vXIhVSA3z30&feature=player_embedded


Seria muito interessante encontrarmos na duplicação do Anel Viário de Fortaleza uma opção como esta!


Não, se não for no canteiro central, não poderemos ter!


Pedalar numa ciclovia incutida em canteiro central de uma grande rodovia funciona quando este tem uma dimensão tal que proporcione a locação de árvores para a obtenção de sombra e vegetação apropriada que proporcione aliviar toda a tensão dos carros.


Se a ciclovia da Av. Washington Soares tivesse melhores acessos, boa pavimentação e sinalização correta, aquele trecho defronte a UNIFOR seria digno de repetição em toda a cidade, mas a imagem abaixo retirada do Jornal O Povo mostra a realidade:



Nota-se que os dois ciclistas não utilizam nenhum equipamento de proteção, como luvas e capacetes, e que a pavimentação dá à ciclovia o apelido de "trilhovia" (de trilha + via), com inúmeros buracos, indicando péssima escolha de material, que com o tempo e falta de manutenção logo apresenta a infeliz condição.


É possível notar também o triste encontro da ciclovia com um dos vários retornos da avenida, esta muito bem asfaltada e condicionada à supremacia indevida do automóvel sobre os meios de transporte não motorizados, onde deveríamos encontrar algum elemento, como uma faixa elevada, que obrigatoriamente diminuísse a velocidade dos carros, dando prioridade a quem trafegasse na ciclovia.















quarta-feira, 21 de abril de 2010

Essa semana iniciei os testes com o GPS que adquiri. 


Foram duas rotas diferentes que fiz ontem, terça 20abril, entre minha casa e o Campus do Pici.


Pela manhã, o trajeto foi o da imagem abaixo:




O que mais me causou admiração foi o gráfico de desnível, do qual duvidei que estivesse certo, mas fui ao Google Earth conferir as diferentes cotas ao longo do caminho e realmente estava tudo correto, reparem:




Já à tarde, no retorno para casa, ainda tive que passar na loja de bicicletas Crisciclo no bosque defronte ao Hospital Militar para pegar a bike do meu pai, que lá ficara no dia anterior para uma limpeza. 


Só que eu estava a pedal, e precisei mais uma vez carregar outra bike, num esforço que me valeu cansaço e muito suor, mesmo sendo tão poucos metros, os quais o trânsito foi um agente complicador para a missão.


A foto aérea abaixo mostra o trajeto:



E o gráfico o seguinte:




O que era para ser um o espelho do outro não é porque foram apanhadas algumas avenidas e ruas diferentes, como por exemplo a escolha da Av. Bezerra de Menezes no retorno do Pici à tarde (perigosa porém rápida para chegar logo à Av. Domingos Olímpio), ou, pela manhã, a ida após passar o Benfica por uma rua paralela à Bezerra, como mostra a primeira foto acima.


O GPS ainda fornece uma série de dados, como podemos notar nos dados relativos à ida ao Pici:



Vel. Média: 19,1 km/h
Vel. Máxima: 37,9 km/h
Vel. Mínima: 0,0 km/h
Tempo Total: 00:44:39




E nos dados da volta:

Vel. Média: 11,1 km/h
Vel. Máxima: 30,1 km/h
Vel. Mínima: 0,0 km/h
Tempo Total: 01:29:51

É possível notar a considerável diferença de velocidades média e máxima, mesmo sabendo que há uns 2,5 quilômetros a mais no retorno. Mas é quase o dobro! Não tinha noção o quão difícil é a volta para casa com o sol forte.

Ainda engatinho nos conhecimentos de manuseio do GPS, mas logo poderei explorá-lo ao ponto de conseguir dali extrair muitos dados para minhas pesquisas...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A busca por uma via mais rápida, com melhor pavimentação, sem tanto trânsito e que me leve de maneira mais rápida ao meu destino diário, que é a sala de aula no Campus do Pici, ou que me garanta uma pedalada mais tranqüila após o almoço no retorno para o escritório ou para casa (Aldeota ou Papicu, respectivamente), não é uma utopia, mas uma simples escolha de horários e de cumprir os cronogramas por mim estabelecidos.


Acordar às 6h30 significa sair de casa às 7h ou 7h10. Com 40-45minutos até o Pici, chovendo ou não, o tempo que disponho para tomar um banho, vestir-me, subir com a bike, guardá-la na sala de estudos,pegar um café e entrar na sala diminui bastante caso eu queira estar lá às 8h.


Se eu sair sempre às 6h30, terei meia-hora para descansar, lanchar, estudar ou terminar alguma tarefa atrasada. Essa dinâmica pode muito bem ser estabelecida sempre, mas para isso, garantir ao menos 7 horas de sono é fundamental, porque se assim não for, o rendimento fica comprometido e a concentração retorna para o sono...


Ontem, o carro de minha namorada estava disponível para eu pegar emprestado e realizar uma série de tarefas que ficariam muito difíceis com a bike. E como o horário de minha primeira aula era às 10h, não peguei trânsito chato e logo cheguei, sem problemas com horários. No entanto, consegui me esquecer completamente que o professor havia mencionado que não poderia comparecer à aula, e acabei por me deslocar de bobeira. Foi bom que cheguei mais cedo no escritório e pude finalizar o que considero o meu último trabalho de maquete por lá. Pressão de entrega, correria, estresse e sem conseguir total finalização do trabalho! O cansaço mental foi gigante, não dando hipóteses de trabalhar nas tarefas do mestrado à noite.


Em compensação, tive uma breve aula com o Presidente da Federação Cearense de Ciclismo, Eduardo Lopes, a respeito de navegação por GPS, justamente para ele me adiantar um pouco do funcionamento do meu Garmim Etrex Vista HCx.


Esse instrumento vai me garantir, primordialmente, a locação de todas as ciclovias da Grande Fortaleza para fins ligados à minha pesquisa. Além disso, poderei utilizá-lo largamente no estabelecimento de catalogação de roteiros ciclísticos no Estado do Ceará, um projeto antigo que colocarei em prática logo mais...


Ainda não sei mexer quase nada no GPS, mas vou aprender logo logo!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Suportes para uma pedalada na cidade

Falemos de suportes para a prática do transportar-se de bike na cidade.


Alimentação:


- Café-da-manhã: 
iogurte de mel com granola e vitamina de um copo de leite com 2 bananas e uma rodela de mamão, tudo no liquidificador com aveia em flocos, 1 comprimido de BCAA (se fosse para treinar, seriam 2);


-Merenda:
café e uma barra de proteínas da TRIO;


- Almoço:
prato grande e cheio com 3 colheres de arroz integral, um bom volume de macarrão, duas colheres grandes de feijão com jerimum, salada de alface com tomate, beterraba e mais salada de cenoura com vagem, dois filés de peixe ao molho e fígado (comida de marmita, agradeço à minha avó, todo dia!);


- Merenda:
maçã, café e picolé de castanha da Pardal;


- Janta:
caneca de leite com Nescau e dois sanduíches de pão de forma integral com queijo e presunto ou sopa com pão;


Merenda:
pedaço de chocolate em barra, ou fruta - banana, mamão ou maçã, ou um copo de leite.




Bagagem:


-Sacola da Delápracá:
vai no bagageiro da bike com caderno, livro, papelada, ferramentas, máquina fotográfica, canetas, sacolinha de higiene pessoal (protetor solar, shampoo, pasta e escova de dentes, pente, barbeador e desodorante) e roupa (bermuda, camisa e cinto);


-Mochila:
para o notebookr, HD externo, mouse, carregador de celular, documentos, capa dos óculos e comida (barra ou fruta) e saco para roupa molhada.





























terça-feira, 13 de abril de 2010

Pedalar na chuva

Por mais incrível que pareça, pedalar em Fortaleza na chuva é agradável, mas exige atenção redobrada, a bike tem que estar bem lubrificada para que tudo, ao sair de casa, esteja funcionando e, no destino, as peças cheguem com funcionamento quase pleno, já que a água e a lama penetram nas transmissões (coroas, corrente e catracas) e nos cabos, deixando tudo comprometido.


O chão fica mais escorregadio e a sinalização horizontal se torna um perigoso sabão. Os riscos de uma derrapagem, seja por causa da sinalização ou devido a uma freada repentina são grandes, podendo causar sérias conseqüências.


Hoje estava desse jeito, fui calmamente ao Pici, demorei mais que o de costume porque fui pela Rua Bento Albuquerque pra pegar a Via Expressa, depois a Av. Pe. Ant. Thomás e por fim a Av. Domingos Olímpio e a Jovita.


O clima compensa a meladeira, então é só fechar a boca e colocar uns óculos transparentes e seguir viagem.


Se no destino puder jogar uma água na bike, suas peças agradecerão, e é o que tenho feito no Pici. Mangueirinha da obra ao lado do DET, lavagem de bike e banho para tirar a lama. Se não for assim, carregue água de torneira em uma segunda garrafinha para jogar nas transmissões, e ao fim do dia, lavar tudo a fundo.


Na aula de Análise de Sistemas de Transporte de hoje, apresentei uma síntese de caracterização de problemas relativa a um artigo que tratava do transporte não-motorizado na Av. Washington Soares. Fui dormir às 2h e levantei às 5h para acabar de redigir meu texto, que nem era pra hoje! Na real, seria uma análise da metodologia de caracterização que tinha que ser apresentada em transparência.


Esse sono todo depois da aula, impediu-me de seguir até a Aldeota para almoçar em casa de minha avó. Então optei por comer ali atrás da Reitoria, e para descansar, dei um tempo no CACAU (Centro Acadêmico do Curso de Arquitetura e Urbanismo), onde conheci um pessoal adepto do cicloturismo que já viajou até Goiás de bike.


Reacendeu a boa vontade de viajar de bike, até porque agora com a aquisição de um GPS da Garmim que chegará amanhã (http://www.garmin.pt/index.aspx?p=ProdDetail&ProdId=192#fragment-1) vou poder fazer a tão sonhada edição dos roteiros...


O GPS é devido à locação das ciclovias que estudarei no mestrado.



segunda-feira, 12 de abril de 2010

De ônibus por causa da chuva? NUNCA!!!


Bati meu recorde, consegui chegar em 39 minutos no Pici!

Não sei se por causa do quadro novo da bike, não sei se pelo aperreio oriundo da prova de estatística que aterrorizou meu fim de semana, os dois juntos talvez...

E mesmo com toda a chuva que caiu durante a madrugada, consegui boas vagas no trânsito que me deixaram desenvolver uma boa velocidade, até as dores nas costas de uma noite de pesadelos (medo de perder o horário da prova) passaram...

Mas pedalar em Fortaleza requer um pouco de insanidade, estou cada vez mais convencido disto, infelizmente, porque se a bike se coloca à frente de um carro, por mais parado que esteja o trânsito logo adiante, pertinho mesmo, a 50m, com sinal fechado e carros parados, o "cidadão" motorista que avista a bike assume aquele semblante do Pateta naquele desenho animado em que se transforma em louco no volante!

Sinistro! É quase sempre certa essa reação em que mostrar que o carro chega primeiro se faz necessária, acho que para compensar os gastos todos com o veículo, enquanto que parece ser inadmissível que as duas rodas movidas à tração humana ganhe a "disputa"!

Que disputa?!! Não há disputa!!!!! Só tentativas de melhor colocação entre os carros para escapar ileso a fim de, simplesmente, ao fim do percurso, assistir à minha aula!

Tem momentos em que o sangue sobe, ferve e borbulha, mas acredito que os meus motivos enquanto vítima desses loucos motoristas seja muito maior do que a simples decepção de que os carros deles não é uma máquina feita somente para acelerar, afinal estão todos incluídos em uma malha viária chata, estreita, mal planejada e lenta, então que se acostumem a FREIAR, pois carro dentro de cidade é máquina feita para se deslocar, parando!!!

A ida foi tranqüila, alguns carros se comportaram bem em situações acima citadas, mas a volta do Pici para a Aldeota tinha que ser marcada por um imbecil motorista de ônibus, aquela raça infeliz que se diverte trancando quem passa de bike perto das paradas, mesmo a 10m delas! E foi o que aconteceu mais uma vez, a 248ª vez em que o bacana se acha no direito de jogar aquela lata de sardinha pra cima de mim em vez de esperar que eu passe! Olhe que eu vinha a uns 30km/h e precisei utilizar de toda a destreza para passar entre a calçada e a lateral do ônibus, tomando cuidado ainda para não atingir quem porventura descesse ali. Dei um tapão no ônibus, daqueles que fazem barulho, mas nada avariam. Foi o suficiente para o cara me perseguir e só em alcançar porque parei para atender uma ligação. E queria descer do ônibus, chegando a pará-lo para fomentar a confusão. Aí, assim, quem passou a perseguir fui eu, que reencontrei o féla lá no Benfica, colocando-me entre os carros parados para dar um tapão muito forte no vidro ao lado do motorista, completando minha felicidade em revidar somente com barulho, sem abrir a boca em nenhum momento e nem pagar o preço de me trocar com um cara daquele. Logicamente que abandonava ali a Av. Jovita Feitosa para pegar a Av. José Bastos em direção à Av. Domingos Olímpo, nem quis ver o tamanho da fúria que o cara deve ter ficado!

Para completar, lá eu ia a pedalar naquele trecho tranqüilo da Zé Bastos quando de repente, ao levantar a cabeça após recolocar minha garrafinha em seu suporte, aparece um carro na contra-mão, sem pisca-alerta ligado, aumentando a velocidade e vindo na minha direção. Pronto, o cara vai me matar! Abri os braços e o cara desviou mais ainda o carro na minha direção, e no que desviei dei um murro no retrovisor dele! Mas não quebrei, o mesmo só se fechou. É muita perseguição!

Consegui chegar à Aldeota ileso, sob uma nuvem que garantiu ao menos uma temperatura mais agradável que aquelas da semana passada...

Desistir e ir de ônibus? NUNCA!!!



domingo, 11 de abril de 2010

Sábado de troca!



O sábado veio sem chuva, pensei que a frente fria que devastou o Rio de Janeiro, depois estragou Salvador e inundou Natal e o Cariri fosse chegar pela manhã. Até que choveu, mas as ruas já estavam quase secas, dando condições de uma pedalada enxuta, e a ameaça de mais água não passou de um acúmulo de nuvens provindas de leste por sobre as dunas que avisto do Papicu.
As dúvidas eram enormes, quase não saí de casa. Pensei em mensagens para justificar minha falta no grupo de estudos para a prova de Técnicas de Análise de Dados, mas decidi ir até o Pici para verificar se, mesmo sem ter estudado toda a matéria, eu conseguiria acompanhar o raciocínio de algumas questões da lista de exercícios, ou simplesmente pegar algumas resoluções para estudar em casa.

Enviei mensagem que avisava minha chegada atrasada às 9h30, arrumei-me e fui.

O trajeto, por ser sábado, mesmo naquela hora, foi o da Ana Bilhar, Dom Manoel, Domingos Olímpio e Jovita, que fluiu bem, garantindo-me vencê-lo em quase 45 minutos.

Consegui chegar ileso, mais uma vez, e sem nenhuma ocorrência de diálogos complicados.

Nas duas horas que passei na sala com seis colegas do Mestrado, vi que teria sido melhor ter ficado em casa, estudando as bases da Estatística para chegar às Probabilidades.

No retorno, em pleno meio-dia, um tempinho nublado aliviou o sol, não o calor. E como não tive paciência para trocar de roupa, também não passei protetor solar.

Almocei na casa de minha avó, onde por telefone combinei encontrar-me com o ciclista Eugênio na loja Terral Bike. Ele tinha reservado para mim a venda do quadro de sua ex-bike, um Giant ATX 8 tamanho 19” de cor azul, mais leve que o meu Giant Iguana, ano 2009, pouco usado. O mecânico Jymmy também ia para montar as peças de minha bike vermelha no quadro azul.

Preço da brincadeira: R$ 900,00, incluindo o quadro, a braçadeira do canote do selim, o jogo de direção, a gancheira, suporte de garrafinha e parafusos por R$ 800,00; o restante foi referente à mão-de-obra da montagem, alguns pedaços de conduíte, cabos de marcha novos, espaçadores para o suporte de garrafinha vertical não encostar no câmbio dianteiro e um óleo da marca Finish Line.
Meu quadro velho o Jymmy comprou por R$ 200,00, pagando-me logo a metade, que acrescentei aos R$ 500,00 que saquei de minha conta para pagar R$ 600,00 ao Eugênio, ficando R$ 200,00 para o próximo mês, ou antes.

sábado, 10 de abril de 2010

Sexta-feira clássica no trânsito de Fortaleza!

Ontem vim de carro à faculdade, foi angustiante sentir tanta falta da fluidez que a bicicleta oferece.

Hoje, acordei cedo e arrumei toda a bike a fim de sair à 6h30, mas inda não teve nenhum dia que eu tenha conseguido cumprir esse horário, e assim saí às 6h50.

Uniforme de guerra: bermuda camuflada em preto e branco com camisa de corrida laranja, mochila preta e amarela nas costas, contendo o computador, documentos e o celular com fone de ouvido para escutar a seleção de músicas brasileiras da Oi FM, e sapatilhas Decathlon.

A bike, minha Giant Iguana guerreira, cujo quadro estou muito influenciado a trocar por um Giant ATX 8 que o colega Eugênio disponibilizou à venda, esta continua carregando o pára-lamas dianteiro fixado ao tubo inclinado do quadro e o bagageiro da Zéfal, que suporta a maior parte do peso de bagagem – uma sacola muito especial da Delápracá, cuja procedência eu desconheço, acomodando um livro de Estatística, meu caderno, uma bermuda cargo, uma camisa básica, uma toalha, o cabo de fonte de energia do meu notebook, ferramentas (canivete da Crank Brothers, canivete Vitorinox Swiss Champ, espátulas Pedro’s, remendos frios, cola e lixa), canetas e lapiseiras, estojo com produtos de higiene pessoal (shampoo, escova e pasta de dentes, barbeador, desodorante e protetor solar), máquina fotográfica HP (utilizo um pedaço de esponja sob a mesma para amortecer os impactos, funciona) e, geralmente, um lanche, mas hoje não tinha nenhum.

O trajeto foi quase o mesmo apresentado aqui no Blog Bike Transporte em mapa, porém com uma pequena alteração na passagem da linha férrea, que ao invés de ter sido feita na Av. Jovita Feitosa, optei por passar na Av. Bezerra de Menezes, garantindo-me acesso a uma rua entre a avenida que deixara e a Rua Padre Guerra, a qual, com as mudanças de preferencialidade, deixou de ser uma excelente opção.

Durante o percurso, para variar, precisei gritar, chamar atenção, acenar e até esculhambar tanto motoristas como pedestres e ciclistas, que, respectivamente, jogaram o carro pra cima de mim, ficaram no meio da rua e vieram na contra-mão de forma inconseqüente!

E assim, cheguei ao Campus do Pici às 7h31 para entrar diretamente no banheiro, tomar um banho, vestir-me e chegar ao 1º andar do DET às 7h51, encontrando o amigo André Lopes, que me acompanhou em um café na coordenação, local refrigerado para o alívio geral e onde pude mostrar na Internet o site das bicicletas reclináveis do Zoher a um funcionário que lá trabalha.

Aulas de Tópicos Avançados de Engenharia de Tranportes sobre dimensionamento de vias e veículos e de Seminário de Pesquisa com uma palestra sobre logística empresarial.

Ao meio-dia, retornei à sala de estudos onde costumo deixar meu transporte não-motorizado e saí, cheio de fome, direto para o trailer fazer um lanche, pois não queria passar mal de fome durante essa pedalada até a Aldeota. A escolha foi limitada pelos meus únicos dois reais, que me valeram um copo de 500ml de guaraná e algumas balas de café.

Sol a pino, eu mais uma vez me esqueço de passar o protetor solar, isso não deve mais se repetir, vou acabar por lascar minha pele seriamente. Escolho a Av. Jovita Feitosa para pedalar até as proximidades do Shopping Benfica, onde um pouco antes entro à esquerda para ir até a Av. Domingos Olímpio, que me garante rapidez até o cruzamento com a Av. da Universidade. Ali, entrei à esquerda para procurar acessar a Rua Rocha Lima, que naquele horário, estava bem entupida de carros. Mas foi um deslocamento tranqüilo, e logo cheguei ao meu destino.

Almocei nas calmas após mais um banho e, logo em seguida, ao iniciar a re-arrumação, constatei que meu pneu traseiro, um Maxiss Larsen Mimo bem surrado, já estava mais aberto em um rasgo cujo remendo não mais suportava a pressão da câmera de ar, que furou. Foi maia-hora para remendá-la e colocar um novo remendo na parte externa do pneu a fim de que agüentasse chegar ao Papicu.

Av. Torres Câmera, depois à esquerda na Rua Vicente Leite para passar no escritório do Henry. Como seu carro não estava estacionado por ali, acabei seguindo para o Bairro Varjota: a intenção era dar uma olhada numa bike à venda na loja Sport & Bike que um amigo do meu tio está querendo adquirir. É uma bike estilo low ride, daquelas com grande guidão e posicionamento mais confortável, mas um caranguejo, e muito pesada! Deus me livre!

Falei com o ex-mecânico de meu ex-carro e lhe comuniquei o roubo.

Fui para casa sem mais nenhuma parada e numa pedalada bem suave, já cansado do dia.........o´o.....!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Há dias que a bike faz falta!!!

De casa para a Cidade 2000, depois para o Cocó, W. Soares, Papicu, Av. Stos. Dumont e de lá para o Pici, tudo em 2h de carro, emprestado para conseguir levar o meu som e a TV de minha tia ao conserto e uma caixa com roupas para doação.


De bike, não conseguiria em uma única viagem fazer tudo isso. 


Mas ao sair da oficina eletrônica, mesmo sendo 9h25, o trânsito estava muito complicado até o Campus do Pici, o que me forçou a dobrar a atenção, pegar caminhos alternativos e acelerar o necessário para que às 10h05 eu entrasse na sala de aula.


O que incomoda são os pontos de paradas - cruzamentos e engarrafamentos - e a lerdeza do povo, fazendo com que a fluidez do deslocamento de bike fizesse tanta falta naquela meia-hora...


Em sala, viram-me sem a bike e eu disse que já estava sentindo sua falta!


..............................................o´o...........

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pausa no retorno





Entre as opções no retorno para casa, geralmente feito após o meio-dia ou após as 13h, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFC é uma boa para descançar, almoçar, estudar, merendar, rever os amigos e professores.

Trajeto Diário


São 15,14km do portão de casa até o portão do DET.

Em média, dependendo do horário, da disposição, do aperreio, dos feladasgaitas dos motoristas, chego em 40 minutos, 15 a menos do que levava quando ainda tinha carro. 

Não é a escolha mais tranqüila, mas certamente uma das mais rápidas.

Basicamente, pego a Rua Ana bilhar e sigo nela até a Av. Dom Manoel, onde viro à esquerda para ir até a Av. Domingos Olímpio, depois alcanço a Av. Jovita Feitosa e saio dela para uma pedalada mais calma na Rua Padre Guerra até o Campus do Pici.

32km diários!


A questão aqui, aproveitando a inauguração do Blog Bike Transporte, trata dos meus relatos sobre idas e vindas para vencer o trajeto casa-Departamento de Engenharia de Trânsito da Universidade Federal do Ceará, onde estudo a temática cicloviária no Mestrado em Engenharia de Transporte.

A foto acima mostra a entrada do DET.

Na ocasião, chegava eu de meus 16km percorridos em 40 minutos entre os bairros do Papicu e o Pici, os quais cortam a cidade no sentido leste oeste.

Este tem sido meu dia-a-dia: atravessar a cidade vivenciando tudo o que um ciclista pode encontrar num meio urbano nada propício ao deslocamento sobre uma bicicleta.

Eu já venho utilizando as duas rodas com propulsão humana há tempos... Pedalo desde muito criança. Pratiquei bicicross na adolescência e já quase adulto adquiri uma bike urbana da Caloi muito instigante, mas que não aguentou o rojão e teve logo seu quadro fissurado.

Na seqüência cronológica dos fatos, ao ser admitido na INFRAERO, comprei uma bike da marca americana GT, modelo Outpost, que me proporcionou conhecer tanto o cicloturismo como as competições de mountain bike.

De lápara cá, muitos deslocamentos, muitas viagens, várias competições e muita alegria proporcionada pela bicicleta!

Há dois meses, meu carro foi roubado e de lá pra cá, a bike se fez muito mais presente em minha vida, mudando as logísticas diárias e me dando novamente a condição de ser ciclista integralmente.
No cicloturismo no final da década de 90 e na seqüência comecei a me transportar