domingo, 2 de maio de 2010

Sexta-feira de muita bike em Fortaleza

Sexta-feira para mim nunca foi o melhor dia para trabalhar, já a segunda-feira sim, pois segunda-feira é realmente um dia de trabalho, diferentemente da sexta, que já está com um pé no final de semana!


Por esse motivo, entediado logo cedo com a rotina, cheio de sono acumulado e sem esperanças que as aulas de hoje pudessem render algo de extraordinário, resolvi catalogar mais uma ciclo-rota entre onde moro e onde estudo.






No trecho da ida, resolvi ir pelo Pirambu, caminho que no início do semestre utilizei bastante até perceber que não era nem o mais rápido e nem o menor, mas que por suas características de paisagem natural torna extremamente prazeroso, afinal, renovar as pilhas com uma visão para o mar torna tudo mais fácil...


Por mais que tenha cansado de fazer essa rota, ainda consegui inovar, passando pela Beira-Mar, a qual acessei através da Varjota.


Para minha surpresa, a faixa elaborada com cones para aumentar a área de utilização da via por pedestres, corredores e ciclistas estava quase sem ninguém, o que me proporcionou uma pedalada tranqüila até as imediações do Clube Náutico, quando a mesma desapareceu e, sem querer sair de perto do mar, encarei uma contra-mão até a esquina ali próximo ao Clube Ideal, local em que, sem a menor vergonha, subi a calçada para seguir nela até a Ponte Metálica.


Fica aqui o meu protesto: havia antes uma ciclofaixa na Beira-Mar, que por mais que não vencesse toda a sua extensão, estava lá contribuindo com o transporte cicloviário da cidade, porém esta curta via ciclável foi extinta em prol do maior número de vagas de estacionamento no outro lado da via, um absurdo tão grande quanto a última reforma do calçadão que trocou os belos ladrilhos por um piso nojentamente escorregadio quando molhado, mas que tem duas colorações, e uma delas era suposto ser uma ciclovia, mas não levaram adiante, portanto, não me sinto um pecaminoso da boa convivência citadina quando, com o todo cuidado necessário, sem prejudicar ninguém, até porque realmente havia pouca gente naqueles minutos além das 9h da manhã, pedalo na contra-mão ou subo uma calçada para melhor passar!!!




O calçadão próximo à Ponte Metálica está em obras, mesmo assim consegui passar, aí de lá passei pelo abandonado prédio modernista da antiga sede do DENOCS, o qual será demolido para a construção do Aquário, dobrei à esquerda, passando ao lado da antiga alfândega, tanto a boate como a própria instituição.


Dali, peguei a Rua Pessoa Anta, passei defronte a SEFAZ e rumei para o Pirambu pela Rua Adolfo Caminha e depois Av. Castelo Branco, a temida Leste Oeste com uma obra interminável.


O mar ali é o que compensa, reforço, porque logo após a ladeira que leva ao sinal da esquina com a Rua Jacinto Matos, a caixa da via se estreita e fica complicado passarem um ônibus, um carro e uma bicicleta emparelhados e ainda ter um carro estacionado.


Sigo até à Av. Dr. Theberg, a tal que leva diretamente ao Campus do Pici em seus 2,10km também bem complicado devido ao alto volume de tráfego, envolvendo vans de trasporte alternativo, ônibus, muitos carros, carroças, motos, bicicletas, carroças e vários transeuntes que não utilizam as calçadas, o que me causa muitos transtornos porque literalmente tenho que mandá-los saírem do meio, pois com um veículo a 50cm do meu guidão não dá pra desviar do abestado andarilho!


A avenida troca de nome numa curva e passa a se chamar Av. Gov. Parsifal Barroso, que por mais estranho que seja o nome ao menos é uma ladeira para aliviar o cansaço!


Atravessar a Av. Mr. Hull é o último estágio antes de subir a escadaria de entrada ao Campus do Pici, e nem sempre é fácil, pois as obras do TRANSFOR ainda perturbam a ordem com tapumes que dificultam a visibilidade dos carros que vêm da Av. Bezerra de Menezes.


Aulas de Tópicos Avançados de Eng. de Trasportes e de Seminários de Pesquisa, tudo dentro da normalidade...


Ao meio-dia, retorno ao banheiro, troco de roupa.


Utilizo a mesma roupa com a qual pedalei de manhã, o que é meio estranho, porque guardo-a num saco plástico fechado juntamente com a toalha e as luvas dentro da sala de estudo, sob meu capacete, num móvel ao lado da minha bike.


Só que essa sala é gelada pelo ar-condicionado, deixando a roupa fria ao ponto de garantir um alívio significativo na hora de encarar o calorão da hora do almoço e valendo vesti-la mesmo fedorenta, hehe!






Sol de rachar no momento da escolha do caminho da volta, o qual opto pelo mais direto possível, e isso significava sair do Campus do Pici, pegar a Rua Azevedo Bolão até o trilho, onde atravesso ali mesmo para pegar o início da Av. Domingos Olímpio.


A intenção era encarar a Av. Antonio Sales até o Parque do Cocó, e assim o fiz, pensando eu que iria ser mais complicado, mas sorte ou não, cheguei bem ao seu final.


Resolvi entrar no parque para descansar, e assim o fiz, parando numa sombra entre os dois campos de futebol, e aproveito o fato de estar sozinho para tirar umas fotos, que exigiram a paciência de tirar as pilhas do GPS, pois ainda não comprei mais um par de recarregáveis.


Mas valeu, olhem o resultado:




Momento de contemplação, um esconderijo muito propício a quem quer fugir do caos urbano e mergulhar num cenário surreal que lembra o Central Park de Nova York.


Recoloco as pilhas no GPS e saio dali atravessando o parque por sua trilha principal e pela Trilha do Rio, saio na Av. Sebastião de Abreu, subo-a e vou para casa.


O gráfico de perfil de altitudes que o programa GPS Track Maker produz está exposto abaixo, sendo que o que está em azul representa o trecho do Pici até o descanso no Parque do Cocó, e em vermelho do descanso até minha casa no Vicente Pinzon.




Em casa, dei uma estudada e às 17h, resolvi desopilar com um treino no que chamamos de Circuito Dunas, uma pedalada pelas mansões, Praia do Futuro e continiação da Av. Padre Antonio Thomas, que pode ser visto na imagem abaixo:




E o impressionante gráfico de perfil de altitudes do Circuito Dunas é mostrado a seguir:




Foram 17km  em 49 minutos, e reparem que não é brincadeira encarar essas ladeiras, mas funcionam bem para a competição do Campeonato Cearense de Mountain Bike XCO (Cross Country Olímpico: prova de 2h de duração em circuito técnico com várias ladeiras) que virá a acontecer no Dia das Mães no Apoema Park em Pacatuba.















Um comentário:

  1. Colega, gostei muito da sua postagem. Eu moro em São Paulo e aqui é meio barra pesada nas estradas. Eu comunmente troco o transporte público pela bike, primeiro porque eu gosto muito, segundo que não suporto o transito e os busão me deixando no ponto. Quantas vezes, já atrasado, pensando que de ônibus não da tempo de chegar no serviço, uma perua passa lotada e me deixa no ponto, não dá outra, eu volto pra casa e pego a magrela. Aqui eu faço em média 16Km em 1 hora (a bike também ja tá idosa). O mais interessante é que no horário de pico, nesse raio de 16Km eu chego em qualquer lugar lugar primeiro que um carro (na esquina não vale).
    Gostei de compartilhar essas nossas pequenas aventuras, vou criar um blog nesse perfil pra gente ter assunto mais pra frente.
    Me mando algumas informações sobre seu sistema de GPS, eu achei legal só que não conheço ainda. Tem muita coisa que não há tempo nem recursos pra investir.
    Valeu Fica com Deus.

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