quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Tá difícil com tanto imbecil no trânsito!

O cidadão sai do escritório às 18h30, tranca tudo, aciona o alarme, olha para um lado e para outro, aparentemente está tudo seguro.
A mochila é erguida e atada às costas para depois poder se acomodar na bike.
O farol é ligado, piscando para alertar.
Alguns metros em equilíbrio sobre a calçada para alcançar a rampa já quase na esquina.
Dobra-se à direita e uns últimos ajustes são possíveis já que não vinha carro algum na via de mão única.
A outra esquina chega, aparece um carro que vai dobrar à direita, então coloco-me à esquerda da pista, visto que seguiria direto.
A travessia tem que esperar uns 45 segundos até o trânsito dar uma trégua, e no que dá, arranca-se  com olho à esquerda para dar tempo.
Não é que vem um imbecil na contra-mão?!
E para piorar a situação aparece um carro à minha direita, este no sentido correto, ficando eu no meio e o imbecil avançando em minha direção!
Abro os braços, contenho-me da raiva e desvio do retrovisor dele, mas não deixo de lhe dar um alerta, com um tapa na capota do carro, de luva e sem nenhuma avaria para a lataria.
O cara baixa o vidro e me esculhamba, no que revido mandando-o para aquele lugar e dizendo que ele estava na contra-mão.
Sigo meu caminho, dobro à esquerda e, para minha surpresa, ouço um barulho de motor de carro gritando atrás de mim. Era o imbecil, que naquele momento estava vestindo o traje completo (de imbecil).
Colocou o carro pra cima de mim, se não subisse a calçada, teria me acertado.
Continuo na calçada, dobro à direita e o cara me segue, parando em avenida, atrapalhando todo mundo, gritando feito um louco, num papelão muito nojento (infelizmente bem frequente nesta cidade!) ao lado da mulher.
-Cara, você estava errado, faz merda, quer ter razão, coloca o carro pra cima de mim, ameaçando minha integridade física e na frente da mulher? Vai dar em separação! - o cara ficou louco!
Engatei a corrente na catraca e arranquei, ainda na calçada, protegido por uns carros estacionados, e ele arrancou também, cantando pneu, a mulher gritando ai meu deus.
Eram apenas 3 carros estacionados me protegendo, quando cheguei ao último, freei e dei meia volta, entrando em uma rua anterior.
Ele parou o trânsito de novo, mas aí eu o deixei gritando por lá, dando um tempo na ruazinha, que estava com algumas pessoas em suas calçadas, e depois retomando meu rumo novamente.
Não mudei o itinerário, quem mudou foi o imbecil, então, dando um tempo e retomando o meu percurso, procurando visualizar o carro, arrisquei ter a sorte de não o encontrar novamente, e assim se sucedeu mais uma noite no trânsito de Fortaleza.
Depois o doido sou eu!

2 comentários:

  1. Impressionante. Mas tá mesmo cheio de idiota motorizado.

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  2. Que coisa! Fúria no trânsito! E nós das bicicletas é quem levamos a pior... tsc tsc tsc

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