quarta-feira, 1 de julho de 2015

2015

Há tempos não escrevo aqui no blog... 

Credito essa ausência à condição em que me encontrei em maio de 2014, quando numa queda rompi o ligamento cruzado anterior direito. Foram 8 meses até retomar as pedaladas em janeiro desse ano. Muita fisioterapia, antes e depois da cirurgia, a qual foi um sucesso graças à experiência do médico Gustavo Pires. A fisioterapeuta Cibele Lessa, da precária clínica Intorse foi a responsável pelas corretas orientações, acelerando o processo de recuperação. Ainda enfrentei seções de hidroterapia e de musculação, que me prepararam para encarar o rolo que consegui emprestado com o Jean Loui. Foi o que basicamente me capacitou a voltar para as pedaladas com uma certa força nas pernas.

Atualmente, tenho utilizado a bicicleta para trabalhar à tarde em escritório de arquitetura que dista 1,5km de casa e para alguns treinos e trilhas. O que mudou basicamente foi que até agora não participei de nenhuma competição. Então, assim, não há foco competitivo nos treinos, apenas manutenção de uma condição física que me dê condições de participar de uma trilha sem sofrer.

Na cidade, a grande novidade que aconteceu nesse intervalo em que não pedalei foi a implantação de uma série de ciclo-faixas, como as do binário da Av. Santos Dumont e Av. Dom Luis, a da Av. Antonio Sales e as perpendiculares nas Av. Rui Barbosa e R. Carlos Vasconselos.

Decorrente dessa implantação, a atual gestão da Prefeitura de Fortaleza também instalou o sistema de bicicletas alugáveis, com várias estações na cidade (infelizmente ainda não se espalharam para as regiões metropolitanas), e, aos domingos, uma ciclovia de lazer, segregada do trânsito por cones, liga a Ciclovia da Av. Washington Soares ao Passeio Público no Centro.

Ah! Faixas exclusivas para coletivos - ônibus, micro-ônibus, vans, transporte escolar e táxis - surgiram em avenidas acima citadas, favorecendo e agilizando os deslocamentos no sentido leste-oeste da cidade. 

As "melhorias" para os carros vieram na forma de túneis e um viaduto de dois andares, os quais, sem exceção, engarrafam nos horários de pico, deixando aquela sensação de que não adiantaram nada nos horários mais complicados.

Relutei um bocado até que usei a ciclofaixa da Av. Antonio Sales. E, como era de se esperar, agilizou bastante o percurso até a extinta Savana Bike Shop, que havia retornado para a Av. Miguel Dias. Agora, posso ir nela até quase o último quarteirão da avenida, pegar por dentro até a calçada da Av. Eng. Santana Junior para uma utilização compartilhada com pedestres, o que me garante chegar à ciclovia da Av. Rogaciano Leite. Lá na frente, a nova Av. Chanceler Edson Queiroz também tem ciclovia, que só vai até a Av. Miguel Dias, mas que possibilita o ciclista a se aproximar mais protegidamente da ciclovia da Av. Washington Soares.

Só que tem um porém! Devido à ausência de campanhas educativas/elucidativas por parte dos órgãos competentes, desde a Autarquia Municipal de Trânsito, passando pela Polícia e chegando à Prefeitura, a desordem reina no dia-a-dia desses espaços destinados à utilização da bicicleta, sejam ciclovias, sejam ciclofaixas. Motoqueiros se aproveitam, motoristas continuam avançando para cima dos ciclistas, ciclistas na contramão e uma série de outros "invasores", como corredores ("coopistas"), carrinhos de pipoca, catadores de lixo...

Os piores são os que põem em risco a integridade física do ciclista que vem corretamente na via. 

São maioria as ciclofaixas, por exemplo, com apenas um sentido, e apenas duas, salvo engano, com trechos com dois sentidos. Então, se você ciclista, estiver numa ciclofaixa com mão única, como a da Av. Santos Dumont, p.ex., e se deparar com um outro ciclista vindo na contra-mão, posicione-se o mais próximo possível da calçada e aponte para a faixa de veículos, porque assim, se houver uma colisão frontal, você não correrá o risco de ser lançado para a faixa dos carros.

Por vezes, é melhor evitar as ciclofaixas. Mas tem outro porém! As vias locais, que deveriam ter limites de velocidade de 30km/h, têm sido utilizadas por muitos motoristas como atalhos para sair de situações de engarrafamentos nas vias arteriais, esquecendo-se de obedecer os limites de 40km/h, de sinalizar, de manter a distância de 1,5m do ciclista, avançando sinais...

Vivemos a era dos suicidas no trânsito, com tantas desobediências, tantas infrações, tantos avanços de sinais vermelhos. Portanto, MUITO CUIDADO!!! Parar e olhar para os dois lados é necessário até quando o sinal estiver verde!



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